Crítica: Sangue e Água
Quarta-feira, 3 de junho de 2020 Texto: Patrícia Piquiá
A série adolescente sul africana tem muito mistério, discussão sobre o sequestro e tráfico de crianças, descoberta da sexualidade, bullying, pedofilia e traição.
A série conta a história da adolescente Puleng da Cidade do Cabo que tem uma vida difícil devido à sombra do desaparecimento de sua irmã mais velha que nunca foi solucionado. Um dia em uma festa ela conhece a famosa nadadora adolescente Fiks e devido a sua semelhança com ela resolve descobrir se a atleta pode ser sua irmã que foi raptada logo após o nascimento.
Apesar de não ter atores conhecidos o elenco é muito competente e a trama é super envolvente e termina com um excelente gancho para uma segunda temporada. O tema do sequestro e tráfico de crianças é tratado de uma forma muito honesta e ao mesmo tempo temos muitos conflitos adolescentes como a descoberta da sexualidade em meio a muito mistério e dúvidas.
Eu gostei também por mostrar a vida na África do Sul urbana e moderna, sem conflitos e sem pobreza, um cotidiano mais ameno, apesar de que pode parecer idealizado, do que as questões sócio-econômicas sempre tão associadas a esse país. Negros e brancos estão integrados e há muita harmonia, até que ponto isso é próximo da realidade, infelizmente não tenho como saber, pois não visitei o país para ter esse contraponto. Eu vi e recomendo ainda mais para termos mais contato com o sotaque de inglês africano e produções africanas tão raras em grandes mídias.
A série estreou dia 22 de maio na Netflix.
Nota: 3,5 / 5,0